O Diagnóstico Operatório na Prática Psicopedagógica

"...O que nos ensina este livro...

Estamos frente a uma obra de quem foi um professor de Psicopedagogia em nosso país durante a segunda metade do século XX.

Há trinta anos, precisamente, trabalhei com Visca na aprendizagem destes exercícios diagnósticos para avaliar o pensamento dos sujeitos, que com tanta clareza são apresentados nestas páginas. O propósito que teve para fazê-lo, segundo suas palavras, foi destacar a importância do método Clínico-Crítico e as contribuições de base Epistemológica Piagetiana na realização do Diagnóstico Psicopedagógico e suas consequentes ações para levar adiante, tanto os tratamentos das dificuldades de aprendizagem, como a elaboração de propostas preventivas das mesmas.

Através destas páginas aprendemos a articulação entre a avaliação do desenvolvimento cognitivo e seus constantes processos de equilibração e a função de Psicopedagogo Clínico, como legítimo mediador, que com sua intervenção desvela o oculto, o ignorado, o imprevisível, o criativo e até o óbvio do processo de aprendizagem que realiza um sujeito.

Convoco aos leitores a realizarem uma reflexão que permita, por um momento, corrermos do valioso conteúdo teórico da Escola de Genebra que, como sabemos, está aqui excelentemente desenvolvido, para ler detidamente o que eu chamo de "suporte da prática psicopedagógica" e que se refere ao "saber fazer do Psicopedagogo clínico".

Jorge Visca nos ensina o perfil do Psicopedagogo Clínico. Junto as suas orientações podemos "aprender a ser" Psicopedagogos e "aprender a fazer Psicopedagia Clínica". Quando lemos suas propostas para a aplicação do método clínico no diagnóstico psicopedagógico, nos sugere que para o processo de internalização das estratégias, realizemos uma aprendizagem das mesmas com "os outros". Propõe exercícios e dramatizações que necessariamente se devem realizar em grupo. Encontros estes, não casuais, senão previstos como um dispositivo didático de aprendizagem grupal de papéis.

Convido-os a ler este livro e refletir sobre "como ser Psicopedagogo" e aplicar em sua prática o Diagnóstico Operatório interpretado a partir da Epistemologia Genética, sem deixar de observar o trabalho a partir da Epistemologia Convergente."

Sumário

Biografia

Visca por Visca

Prefácio (primeira edição)

Prefácio

Introdução

Desenvolvimento histórico do método clínico

Características gerais e a aplicação do método

Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos

Protocolo de quatro crianças

Criança do estádio das comparações globais

Criança do estádio das correspondências intuitivas

Criança em transição das correspondências intuitivas ao estádio das correspondências operatórias

Criança do estádio das correspondências operatórias

Conservação de superfície

Protocolo de três crianças

Criança não conservadora

Criança com condutas intermediárias

Criança conservadora

Conservação da quantidade de líquido

Protocolo de três crianças

Criança não conservadora

Criança com condutas intermediárias

Criança conservadora

Conservação da quantidade de matéria (massa)

Protocolo de três crianças

Criança não conservadora

Criança em transição

Criança conservadora

Conservação de peso

Protocolo de três crianças

Criança não conservadora

Criança em transição

Criança conservadora

Conservação de Volume

Protocolo de três crianças

Criança não conservadora

Criança em transição

Criança conservadora

Conservação de Comprimento

Protocolo de três crianças

Criança não conservadora

Criança em transição

Criança conservadora

Mudança de critério

Protocolo de quatro crianças

Criança que classifica com sucessivas mudanças de critério

Criança que classifica realizando figuras complexas

Criança que classifica por um critério

Criança que classifica por três critérios

Quantificação da Inclusão de Classes

Protocolo de duas crianças

Criança com ausência de quantificação da inclusão

Criança com conduta de quantificação inclusiva

Intersecção de classes

Protocolo de uma criança

Criança com êxito na intersecção

Seriação de Palitos

Protocolo de quatro crianças

Criança que seria duplas e trios

Criança que seria sem linha de base

Criança que pode seriar a descoberto

Criança que pode seriar com anteparo

Espaço Unidimensional

Protocolo de quatro crianças

Criança que não realiza apreciação visual

Criança que utiliza o próprio corpo

Criança que utiliza um terceiro elemento maior

Criança que utiliza um terceiro elemento menor

Espaço Bidimensional

Protocolo de três crianças

Criança que utiliza o cálculo visual

Criança que utiliza uma só dimensão

Criança que utiliza coordenadamente ambas as dimensões

Espaço tridimensional

Protocolo de quatro crianças

Criança que só realiza cálculo visual

Criança que utiliza duas medidas sem precisão métrica

Criança que usa várias provas e tentativas

Criança que coloca a conta corretamente dando argumentos válidos

Citações bibliográficas

Referências