Onde Fica ?

Este recurso tem como objetivo estimular a integração sintático semântica ao propor o estabelecimento da relação entre um sujeito e um objeto, propiciando a inferência acerca do local em que essa relação ocorre. Esse processo exige o mapeamento de papéis temáticos e a ativação do léxico espacial, mobilizando habilidades linguísticas (preposições de lugar), cognitivas (raciocínio relacional, memória de trabalho) e pragmáticas (adequação comunicativa e inferência contextual). Trabalhar essas relações contribui para o desenvolvimento de uma representação mental organizada de eventos, elemento fundamental para a compreensão e produção de sentenças complexas e para a construção de narrativas coerentes.

 O jogo foi desenvolvido para estimular respostas à pergunta "Onde?". Para isso, destacamos visualmente o uso das preposições "no" e "na" como marcadores sintáticos fundamentais no português brasileiro, constituindo um dos primeiros elementos de complexidade morfossintática a serem adquiridos pelas crianças (FIGUEIRA, 2003; KATO,2005). Ao serem praticadas em contexto lúdico, tais construções contribuem para a consolidação da relação entre substantivos e seus referentes espaciais, favorecendo tanto a compreensão quanto a produção de estruturas sintáticas mais elaboradas. Além disso, estudos com crianças com dificuldades na linguagem evidenciam problemas na aquisição e no uso consistente de preposições e determinantes, o que reforça a necessidade de atividades que promovam sua integração no uso funcional da linguagem NARD, 2014).
Dessa forma, este jogo possibilita o treino de aspectos lexicais e sintáticos em situações comunicativas reais, apoiando o desenvolvimento pragmático e gramatical.

Público Alvo: Crianças a partir de 2 anos de idade, em etapa de desenvolvimento da linguagem, portadoras de atrasos e/ou transtornos de linguagem.

Material: 50 cartas para estimulação das relações entre pessoas, objetos e lugares (25 cartas perguntas e 25 cartas respostas).

Indicação: Estimulação da linguagem em contexto clínico, educacional ou familiar, por profissionais da fonoaudiologia, pedagogia e por pais.