Caixa dos Medos: Estratégias de Enfrentamento E Reestruturação Cognitiva

Incentivar a criança a falar sobre seu medo é importante, pois a velha ideia de não falar para não estimular não procede; é falando sobre o medo que poderemos entendê-lo e enfrentá-lo. O enfrentamento está relacionado a aceitá-lo, mas também não é válido forçar a criança a se aproximar da situação ou do evento temido. Aos pais, é sugerido passarem segurança e fazer a criança acreditar que pode contar com eles sempre que precisar. Sendo assim, este jogo surgiu como uma proposta para auxiliar as crianças a enfrentarem seus mais diversos medos, reais ou imaginários, utilizando-se de estratégias de solução ou possibilidades para lidar com eles, bem como estratégias de humor e diversão, mantendo a ludicidade e dando sentido a essas experiências cotidianas da infância.

Modo de uso: O jogo caixa dos medos apresenta 36 cartas com frases de enfrentamento e reestruturação cognitiva para se trabalhar 12 tipos de medos diferentes, havendo, portanto, 3 cartas para cada medo. 
Inicia-se o jogo montando a compartimentação da base da caixa através das 5 peças encaixáveis. Uma vez dividida, a base da caixa contém 12 compartimentos, onde deve-se acomodar cada um dos grupos de cartas (referentes aos 12 medos). A identificação do tipo de medo pretende conversar, sem ter acesso às frases do verso, e sorteia uma das 3 cartas, Crianças não alfabetizadas podem ser orientadas pelo terapeuta sobre o tipo de medo de cada compartimento. Uma vez sorteada a carta, o paciente tem acesso a uma frase de enfrentamento e reestruturação cognitiva sobre aquele tipo de medo e a lê em voz alta. Com isso, o terapeuta pode trabalhar as distorções presentes em cada um dos medos. A opção por focar-se em apenas um dos medos ou em vários deles vai da necessidade de cada paciente.

Indicação: 

- Uso clínico: paciente acompanhado (a) do (a) terapeuta.
- Faixa etária: prioritariamente de 5 a 13 anos de idade, mas adultos também podem se favorecer de seu uso.
- Número de participantes: paciente e terapeuta ou grupo de paciente e terapeuta.